domingo, 24 de março de 2013

sábado, 10 de março de 2012

Tombando tijolos

   Mania a minha, e tavez a nossa  de supervalorizar nossos probelmas não é?  De achar muitas vezes que não existe mais jeito de resolver ou que  o jeito de se resolver seria sacrificante demais...Mania a nossa de achar que só podemos ser felizes quando não tivermos mais problemas, quando todas as áreas das nossas vidas estiverem indo de vento em polpa. (rsrsr) Pois essa mania minha, esses dias, se deparou com uma situação que me fez repensar.
   Há algum tempo dois menininhos vêm, quase que diariamente,à casa de meus pais pra pedir "picanha", rsrssr) sobras de carne que meu pai guarda pra eles e eles chamam de picanha. Dessa vez   veio junto a irmã deles , muito bonitinha, educada, parecia tímida e eu comecei a conversar com eles e com ela que me chamou atenção quando disse que não sabia ler e que só sabia a idade, 10 anos,  porque  perguntou a mãe e pegou uma moeda de R$ 0,10 e relacionou : "Eu tenho 10 anos como essa moeda de 10 centavos." Ela parecia ser tão interessada em querer aprender  a ler e a sair daquele estado que eu a chamei pra voltar na minha casa no dia seguinte pra ver se eu poderia ajudar de alguma forma. Tive curiosidade  em saber até onde ela não lia. Marquei às 16:00 , ela chegou às 14:00. Realmente vi que ela  sabia menos que minha sobrinha de 4 anos e não demorou muito pra que eu percebesse que por mais que eu tentasse, ajudar nos poucos dias em que eu estivesse na casa de meus pais  não seria o suficiente. Então, depois de tentar reforçar o que ela tinha visto na escola parei e comecei a conversar sobre ela. E aí sim alguém começou a receber  uma bela lição.


    O nome dela era Andreza, ela tinha decorado como se escrevia  o nome de tanto que copiava do quadro, mas não sabia que palavra era aquela. Morava numa casa pequena com os pais e apesar de tudo pareceia ter uma família que se respeitava. Era de se entender a dificuldade do aprendizado na escola, porque as condições não favoreciam em nada. Recebia ajuda de algumas pessoas em troca de trabalho , achei graça quando ela disse_ se achando muito forte_  que conseguia"tombar" dois tijolos pra um primeiro andar, . Morou com alguns parentes que a   maltaram. Não faltava motivos pra ela desanimar e se conformar de que a situação dificilmente mudaria, mas  contava tudo isso com uma naturalidade e com uma graça que parecia um adulto convicto de que aquilo era só uma fase e que passaria depressa.     Ela me pedia praque eu a ensinasse a  falar certo  algumas palavas que faziam parte de um vício de linguagem do ambiente que ela vivia . Eu ajudei . E isso pareceu tão pouco diante daquilo que ela me ensinou sem que eu pedisse ou que eu, talvez pretenciosamente, achasse  que nem precisava . Vendo que um dia seria pouco e não sabendo se poderia ajudar mais, a aconselhei a  continuar estudando pedi que  treinasse em casa. Lanchei com ela, e dei algumas coisas pra que ela comesse no caminho. Não pude me comprometer  mais dessa vez , mas gostaria muito reencontrar e fazer mais  um pouco por ela ou talvez mais por mim mesma.
    Eu costumo dizer que Deus demostra seu AMOR por nós de muitas  formas, e que uma delas é pondo algumas  pessoas especiais nas nossas vidas. E essa menina que pensava saber menos que eu, passou na minha vida pra me fazer lembrar que bem maior que o meu problema é o meu desânimo, é minha falta de fé, é o meu medo. Passou na minha vida pra me lembrar que se  pode  ficar forte e haver graça em "tombar tijolos".

sexta-feira, 9 de março de 2012

Quem mexeu no meu queijo ?

    Uma historinha que parece ser infantil, mas que dá  uma grande lição fazendo uma analogia a vida cotidiana que está sempre sujeita a mudanças .
"  Quem mexeu no meu queijo " é uma obra de   Spencer Johnson  autor de vários best sellers, entre eles cinco livros da série Minutos; Sim ou Não.
    Vale apena ver o vídeo e refletir.


quinta-feira, 24 de março de 2011

AOS MEUS AMIGOS

Hoje acordei com vontade de dizer o quanto é bom ter vcs...o quanto é gostoso poder participar da história das suas vidas...Acordei com vontade de dar um abraaaaaaaaço e de agradecer aos meus meus amigos por cada minuto de descontração,cada conselho,cada risaaaaaaaaaada gostosa que dei , por cada pagação de mico rsrsr...
Muito fácil ser feliz quando se tem por perto pessoas tão leais, com sentimentos tão nobres, sempre dispostos a me ouvir ( mesmo quando conto uma piada sem graça,ou quando no meio da história esqueço o que eu ia falar rsrsr),me ajudam por muitas vezes a enxergar além do que eu sou capaz, se alegram com minhas conquistas, se compadecem com minhas frustrações e o mais importante, me aguentam qaundo tô um porre!
Que a diversidade ou a distância nunca nos afaste.Que possamos ser um para o outro "mais que amigos, possamos ser anjos enviados do Senhor".
Contem sempre com essa amiga boba e que tem muitos orgulho de tê-los como AMIGOS!


Amo, amo,amo vcs!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AMOR E RENÚNCIA

A conversa informal durante o café da manhã foi mais uma oportunidade de aprendizado para os que ouviam aquela senhora de semblante calmo e cabelos embranquecidos pelas muitas primaveras já vividas.

Ela pôs o café e o leite na xícara e alguém lhe ofereceu açúcar. Mas a senhora agradeceu dizendo que não fazia uso de açúcar. Alguém alcançou-lhe rapidamente o adoçante, por pensar que deveria estar cumprindo alguma dieta.

Mas ela agradeceu novamente dizendo que tomava apenas café com leite, sem açúcar nem adoçante dietético.

Sua atitude causou admiração, pois raras pessoas dispensam o açúcar. Mas ela contou a sua história.

Disse que logo depois que se casara havia deixado de usar açúcar. Imediatamente imaginamos que deveria ser para acompanhar o marido que, por certo, não gostava de doce.

Mas aquela senhora, que agora lembrava com carinho do marido já falecido há alguns anos, esclareceu que o motivo era outro.

Falou de como o seu jovem esposo gostava de açúcar, e falou também da escassez do produto durante a segunda guerra mundial.

Disse que por causa do racionamento conseguiam apenas alguns quilos por mês e que mal dava para seu companheiro.

Ela, que o amava muito, renunciou ao açúcar para que seu bem amado não ficasse sem.

Declarou que depois que a guerra acabou e a situação se normalizou, já não fazia mais questão de adoçar seu café e que havia perdido completamente o hábito do doce.

Hoje em dia, talvez uma atitude dessas causasse espanto naqueles que não conseguem analisar o valor e a grandeza de uma renúncia desse porte.

Somente quem ama, verdadeiramente, é capaz de um gesto nobre em favor da pessoa





Do livro : Repositório de sabedoria

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A diferença entre amar e estar apegado

Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade




Na Carta de São Paulo aos Gálatas, capítulo 4, versículos 1 a 20, é apresentado o princípio fundamental de tudo aquilo que Jesus anunciou no Seu tempo. Para ser de Deus é preciso ser livre, é preciso estar livre de todas as amarras que nos aprisionam. São Paulo percebeu que os gálatas, em vez de caminharem no processo de liberdade, estavam voltando às amarras das idolatrias do passado. Eles tinham a ideia equivocada de que o cumprimento da lei era o mais importante para a salvação, no entanto, o Senhor nos diz que a lei pode nos escravizar. A primeira cura que Jesus proporcionava não era física, mas mental, pois é nossa mentalidade que precisa ser transformada primeiro.

Jesus foi tomando consciência de quem Ele era e é bonito perceber que todas as pessoas que estavam ao redor d'Ele O foram ajudando a reconhecer quem Ele era.



Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade. A psicologia humana, por exemplo, nos ensinava que uma criança só poderia ir à escola a partir dos 7 anos, pois somente nesse estágio de maturidade cerebral é que ela poderia aprender. Por isso não adianta falarmos com criança do mesmo jeito que falamos com adultos, pois elas não compreendem nossa conversa [como eles].


Muitas vezes, na evangelização, nós precisamos usar desses métodos para que todos compreendam. É como um médico que vai dizer um diagnóstico ao paciente e tem que usar de linguagem simples, pois senão a pessoa não entende. Da mesma forma, nós evangelizadores temos que nos fazer entender para que possamos entrar no universo do outro. Muitas vezes, nós estamos surdos e não compreendemos o que Deus nos fala porque falta abrir nossa mentalidade para Ele.


Há muito tempo, eu vivi um processo de dependência afetiva e aquilo me fazia mal, pois por causa da pessoa de quem eu tinha essa dependência, eu era menos eu. Um padre rezou por mim e disse sentir que havia uma pessoa que fazia muito mal para mim e me pediu que eu apenas rezasse por ela e não ficasse próximo dela. Muitas vezes, nós dizemos que esta ou aquela pessoa precisa de nós e, na verdade, somos nós que precisamos dela.


Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem está ao seu redor e se você for gente você será um problema a menos na vida dos outros. Quantas vezes na vida uma família vira um inferno porque alguém lá dentro decidiu ser um molambo e não faz esforço nenhum para ser gente, nem aproveita a liberdade. Quantas vezes nós sofremos demais por situações que não são nossas.


Nós não podemos viver uma pobreza espiritual a vida inteira, sem ter alguém com quem contar, porque o outro resolveu ser um molambo.


O processo da imaturidade pode se estender pela vida inteira, quando eu olho para o mundo e me vejo como um coitado, isso não é maturidade, é um infantilismo que não nos leva a nada. A criança, por exemplo, passa por um processo egoístico e se nós não ensinarmos que ela tem de dividir o que tem, ela não aprenderá; se não dermos as regras à medida que ela consegue compreender, estaremos criando um monstro em casa. Se não as ensinarmos como lidar com a vida, a vida será duas vezes pior para elas e para nós também. O casal que educa o filho a partir dos ensinamentos divinos, vai dar ao mundo uma pessoa mais preparada.


Há uma grande diferença entre amar e estar apegado: o amor nos dá aquele sentimento de liberdade, enquanto que o apego nos aprisiona e pensamos que as pessoas devem agir da forma que queremos. O amor é livre! Quando estou apegado a alguém ou a alguma realidade, eu faço do outro meu escravo.



Se eu uso minha presença e minha autoridade para pôr medo no outro, eu não vivo em liberdade. Há momentos em que precisamos reconhecer que não estamos sendo livres; e se não estamos sendo livres não fazemos os outros livres também. Por essa razão, precisamos ter a consciência de que forma escravizamos o outro e de que forma somos escravizados para que possamos caminhar no processo de amadurecimento de nossas vidas.


Eu tenho certeza de que você precisa romper com os apegos, pois apegado ninguém vai a lugar nenhum; para ter liberdade você precisa se livrar dos apegos interiores. Quantos casais vivem essa realidade [apego] e não têm coragem de olhar nos olhos um do outro e acertar os pontos para que sejam livres e vivam bem seu relacionamento. Entregue nas mãos do Senhor todas as situações e coisas que o aprisionam!





Artigo produzido a partir da pregação de Set/2009
Padre Fábio de Melo

Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.